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Criada rede de inovação para enfrentar no futuro os desafios da agricultura
2020-09-23Foi apresentado em Nelas o projeto "rede de inovação” criado para preparar respostas aos desafios do futuro.
"São 24 polos que constituem uma rede que se quer consolidada, moderna, tecnológica e preparada para fazer face àquilo que são os desafios que temos pela frente como o combate às alterações climáticas, o esbater as desigualdades sociais e territoriais”, explicou Maria do Céu Antunes.
A governante, que falava em Nelas no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, acrescentou ainda que outro importante desafio a ter em conta é "poder inverter a demografia e a tendência demográfica do país com o envelhecimento, nomeadamente no setor agrícola” e conseguir "ter territórios mais resilientes e mais preparados”.
"Para isso, sabemos que é preciso mais conhecimento, mais tecnologia e mais investigação dedicada e orientada para estes desígnios” referiu Maria do Céu Antunes que disse que "estes 24 polos querem ser o motor das políticas públicas” para atingir as "metas ambiciosas traçadas pela agenda de Inovação para a agricultura 20/30”.
Daqui a 10 anos, em 2030, disse, o objetivo é "poder atingir as metas ambiciosas, nomeadamente fazer com que 80% dos jovens agricultores se instalem no interior do país e fazer com que mais 20% da nossa população adira à dieta mediterrânica como forma de saúde e promoção de bem-estar.
"Que possamos aumentar a produção agrícola em 15% e onde possamos também fazer com que o investimento na investigação e no desenvolvimento tecnológico possa ser aumentado em 60%”, enumerou, acrescentando que "o desejo é valorizar a exportação em dois mil milhões de euros, mas por causa da pandemia, o valor poderá de ser ajustado”.
"A presença aqui de todos estes responsáveis políticos leva-me a crer que, até ao final do ano, poderá haver novidades. Estamos incluídos na rede e queremos saber em que se consubstancia esta rede da inovação para o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão”, adiantou aos jornalistas, José Borges da Silva, Presidente da Câmara Municipal de Nelas.
No seu entender, "tem de haver um envolvimento entre os agentes locais e económicos, instituições de ensino e os ministérios essenciais para dinamizar o centro que exige a requalificação das instalações e dos instrumentos de investigação e apetrechamento de recursos humanos”.
Durante a apresentação, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Sobrinho Teixeira, destacou que "nunca o setor agrícola esteve tão qualificado como agora e a tendência é que seja cada vez mais qualificado”.
Da mesma forma a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, elogiou a meta da agenda ao "querer que 80% dos jovens agricultores se fixem no interior, porque isso é tornar o território mais coeso”.
Os 24 polos distribuídos pelo país vão trabalhar "cadeias de valor e valorização de produtos endógenos” como a fruta, o vinho, vinha e espumante, o olival e azeite e a horticultura, os cereais, as leguminosas, a produção animal e pastagens e forragens.
Fonte: Visão